domingo, 16 de março de 2008

Comentário Pessoal

De acordo com Marcílio Marques Moreira, ex-presidente da Comissão de Ética:
“Quem anda dentro da lei é considerado um imbecil. Permeia a sociedade a leniência com desvios, transgressões, começando com as pequenas, como jogar papel na rua, furar o sinal de trânsito, dar uma cervejinha ao guarda que quer multar.”
É o famoso jeitinho brasileiro e você sabe com quem está falando? Cada um se vira como pode; as recompensas são desde pequenos favores até outros muitos maiores. Também, por parte dos indivíduos que ocupam uma posição alta na sociedade, dá-se a coação e intimidação. O maior engole o menor...O nosso País possui inúmeros contrastes de diferentes ordens e instancias, contudo as disparidades políticas saltam aos olhos de nossa opinião pública. Atribuir aos políticos todos os problemas do Brasil é uma hipocrisia. Todos nós temos responsabilidade social.
Carecemos do habito moral, da ética reflexiva, e não de estruturas sociais materiais defeituosas como causadores de todos os problemas. Contudo, A política deve ter, pelo menos como exigência, a criação de um estilo ético de fazê-la.Esse estilo ético é que falta ao político brasileiro, porque, preocupa-se em levar vantagem em tudo. Mas esse comportamento não é somente exclusivo dos representantes do povo, todos nós agimos assim. Isso significa que a curto prazo não existe possibilidade de mudança na mentalidade dos cidadãos brasileiros.
Com efeito, usa-se muito a palavra ética em nosso amado País, mas na verdade é rara a efetivação dela, e isso é uma contradição que a maioria dos letrados ignora. Contudo, é importante lembrar que a política não pode tornar o homem justo, mas ela pode mudar a realidade social. Assim, a justiça deveria ser a condição anterior para ser um bom político.
Isso significa que na relação social não pode haver hegemonia da necessidade individual e nem a supressão da individualidade pela força da coletividade. O singular não pode anular o comunitário e o comunitário não pode anular o individual. Moralmente, o conjunto de hábitos de um homem não pode se suplantar à comunidade e a comunidade também não pode levar os desvalores éticos para o indivíduo, sabendo que ética é uma reflexão sobre os valores humanos. A vida pública portanto, seria a mais nobre referência a umhomem honrado e honesto, porém no Brasil inverteu-se esse valor como tantos outros. Existe uma contradição entre àquilo que se vive e o que deveria ser a vida pública e privada no Brasil.

2 comentários:

Unknown disse...

Se desejamos mudar a ética temos primeiro que mudar a realidade social brasileira.
As mudanças devem começar nas estruturas sociais diminuindo as desigualdades e oferecendo educação,trabalho e condições dignas de sobrevivência no pais.
Empresas eticamente e socialmente responsáveis são cada vez mais uma cobrança do consumidor que, a cada dia,eleva mais seus níveis de conhecimento, passando a cobrar mais responsabilidade social das instituições, sejam elas publicas ou privadas.
Instituições focadas em competitividade e sobrevivência devem estar atentas aos anseios do consumidor e da sociedade em geral, agindo eticamente na implantação e implementação dos seus negócios avaliando com critérios os impactos sociais e éticos destes processos.
Organizações socialmente responsáveis não só cumprem suas obrigações legais mas acima de tudo, cumprem premissas de relações éticas e transparentes, mantendo assim um excelente nível de relacionamento com parceiros, fornecedores ,clientes, governos e com a sociedade em geral.

Administração disse...

Pois é... O jeitinho brasileiro muitas vezes pode ser traduzido como falta de vergonha na cara! Todo mundo procura saber sobre direitos, mas saber e cumprir deveres está, de um modo geral, fora da realidade do povo da nação. Enquanto a situação estiver assim não conheceremos a essência da ética e não afirmaremos nosso ideal de responsabilidade social.