domingo, 5 de outubro de 2008

RESENHA

Melo neto, Francisco Paulo de

Gestão Da Responsabilidade Social Corporativa: O caso Brasileiro /
Francisco Paulo de Melo Neto ,César Froes. – Rio de Janeiro: Qualittymark Ed ., 2001


Resenha dos capítulos: 01 a 03/ pág: 1 a 74.
Além de analisar o contexto sócio-econômico que deu origem a um maior envolvimento do setor privado nas questões sociais, Fróes e Melo Neto explicam as características básicas da responsabilidade social corporativa e avaliam o aprimoramento das práticas sociais empresariais. Depois dessa introdução conceitual, eles analisam o gerenciamento da responsabilidade social corporativa em relação aos empregados, à comunidade, ao meio ambiente e ao comportamento ético, e apresentam um estudo de caso brasileiro. Na estrutura destes capítulos encontram –se analisados pelos autores, temas com:Em busca de uma nova racionalidade social, Responsabilidade Social: Uma Análise Preliminar e O Novo Paradigma na Gestão da Responsabilidade Social.
O processo de globalização é responsável pela emergência de um fenômeno que merece analise.Os elevados custos ecológicos e sociais, inerentes ao processo de globalização, têm suas raízes na prevalência das empresas transnacionais na alocação de recursos produtivos.Estados perdem a sua soberania.Espaço e território, do povo, categorias formadas de nacionalidade, perdem seu valor.Sob a nova lógica produtiva global, eles são vistos como espaços produtivos aproveitáveis ou não, segundo a lógica dominante e o processo de gerenciamento das cadeias produtivas globais.Além de gerar desemprego e exclusão social, as estratégias das empresas multinacionais debilitam a ordem social enfraquecem as forças sociais, praticamente extinguem os movimentos sociais (o MST é uma exceção), quebram a coesão comunitária e dissipam a idéia de solidariedade social.Portanto, o que fazer para diminuir esses riscos?Mudar a nova Lógica econômica que sustenta as vicissitudes do globalismo produtivo e financeiro do mundo atual?Ou retroceder à lógica econômica tradicional?
A solução encontrada foi a criação de uma nova lógica e racionalidade das empresas, a racionalidade social.Ela surge não substituir a nova lógica econômica globalizante, mas atenuar seus efeitos e diminuir seus riscos sistêmicos.As empresas atuam como principais agentes desta nova racionalidade.È neste contexto, o de responsabilidade social, que a empresa emerge como “grande investidor social” e principal agente do desenvolvimento local e regional em parceria com o Estado e as demais instâncias da sociedade civil.
Responsabilidade Social de governos, cidadãos, empresas e instituições são os valores principais que caracterizam a era das responsabilidades sociais.Tais valores tem na ética o seu principal instrumento.Portanto, é possível falarmos de uma nova ética da responsabilidades social no mundo atual.Neste contexto, a responsabilidade social tornou-se a palavra de ordem. O governo procura aprimorar seu processo de gestão e política social.Os cidadãos buscam exercer sua responsabilidade social trabalhando como voluntários, participando de cooperativas de trabalho sociais, criando e participando de ong´s, fazendo doações para entidades filantrópicas e assumindo atitudes e comportamento mais éticos.
Responsabilidade Social é a responsabilidade assumida diante da sociedade, no que se refere a geração de empregos, ao aumento da qualidade de vida, à arrecadação correta da carga tributária, ao pagamento de salários dignos, à assimilação, à transferência de tecnologia, ou a qualquer outro fator que possa agregar benefício para a gestão e para a sociedade.
Diante das novas tendências do mundo contemporâneo – globalização da economia, crescimento econômico a parceria entre a sociedade e as empresas privadas não beneficia somente àquela, mas também as empresas. Após a prestação de auxílio à sociedade, que num primeiro momento é a grande beneficiada, as empresas podem observar um aumento dos lucros e das vendas, proveniente da boa aceitação social e da dissimilação subliminar do Marketing Institucional e Social. A Gestão social agregará uma vantagem competitiva maior do que qualquer outro sistema especialista em gestão nas próximas décadas.

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